quarta-feira, junho 10

Os sorrisos que me Trairam

Abstinência, não será o que tenho feito nos últimos tempos?
Abstinência dos sentidos, das memorias...Um corte profundo comigo mesmo, por muito tentei mudar, mas para que? Ou para quem?
Mudanças radicais, tentando por muito parecer quem não sou, algo que nunca fui.
Não sou um jogador, não sou um Don Ruan, simplesmente sou uma figura estacionaria, um personagem de papel secundário nesta vida, que se traduz num guião de um filmes de segunda categoria, cheio de enredos que ninguém entende.
Onde abundam as traições, onde até o amigo mais próximo espera que simplesmente vires as costas.
Quando te apercebes estás, deitado de peito encostado no chão, respiração ofegante, olhos lacrimejastes, porque afinal tudo foi diferente, nunca ninguém te entendeu, te amou, te respeitou sequer, nesse momento que fazer?
Continuar estendido, chorando e lamentando e tentando desesperadamente que aqueles que assim te deixaram, te dêem a mão afim de te repores novamente.
Engana-te cerra os punhos com força, contas a lágrimas e pede sangue em troca da pureza que perdes-te.
Por isso aqui digo agora, se um dia disseram que era um robô, uma maquina, pois agora serei.
Continuarei a amar, a escrever a ser gentilmente um poeta, mas um poeta vingador, negro como toda a dor e revolta que me consomem...por isso preparem-se que a vingança está próxima...A todos aqueles de sorrisos falsos, preparem-se.