sexta-feira, fevereiro 27

† Ser Poeta Perdido †

Ser poeta: è viver apaixonadamente, gentil e selvaticamente, é odiar de tanto amar, gritar mais alto que os vulcões, rugir mais que a tempestade, e ainda assim sussurrar silenciosamente como a noite.

Ser poeta: é chorar, até faltar o ar para respirar, e rasgar aquilo que escreve, porque simplesmente nós lembram para quem foi escrito.

Poetas amam mulheres inatingíveis, de olhar dócil e sensual, sorriso acriançado mas apaixonante, electrizante como uma profunda droga.

Os poetas escrevem sobre a dor aglutinante que lhes chacina a alma, sobre mulheres que os rejeitam selvaticamente e os abandonam perdidos entre os trilhos da solidão.

Escrevem sobre mulheres que nunca olharam profundamente em seus olhos, que nunca retribuíram todo o carinho, atenção, afecto, paixão e dedicação demonstrados...

Ser poeta, é ser um ser selvagem, domesticado pela solidão constante, pela dor, pelas fogosas e sempre fortes paixões, esses amores impossíveis, cada um deles vivido com a intensidade de cem…

Ser poeta, é ser como eu, renegado, o cavaleiro negro, sentimental, que te ama, que era capaz de rasgar a própria carne por ti, é ser um anjo cego disfarçado de monstro, é ser o companheiro, senhor da noite, amante da solidão…

Eu sou assim o teu poeta….o Poeta Perdido

† Coragem para falar †

Gostava de ter coragem, e que o meu corpo e a minha alma, não estivessem profundamente perdidos e amarrados a solidão e ao medo, gostava de falar contigo, mas não consigo, simplesmente não sou capaz, de cada vez que tento as palavras morrem dentro de mim, como se o meu corpo, a minha garganta fossem nada mais que um veneno putrefacto pela dor aglutinante que me consome.
Peço-te desculpas por isso, sinceras como as lágrimas que ainda teimo em chorar.
Quem sabe se um dia, voltaremos a ser amigos como outrora, voltaremos aos tempos em que falávamos imensamente, horas seguidas por vezes mesmo sem ter assunto.
Tempos em que adorava-mos a nossa amizade, tenho raiva e nojo de mim, por me ter apaixonado por ti, e por ter perdido tudo o que tinha contigo, tenho pena por te teres afastado, por agora ser um ser invisível, uma sombra daquilo que um dia fui para ti.
Espero um dia conseguir falar contigo, que partilhes e te entregues a mim como nos dias que passaram, que me voltes a adorar como aquele teu poeta, espero que um dia tudo volte.
Mas agora apenas posso dizer até um dia, mas lembra-te sempre que um dia te adorei, e te amei.
Espero que encontres o caminho para a tua felicidade, porque eu já desisti da minha, quero que sejas muito feliz…


Amo-te, quiçá para sempre.

sexta-feira, fevereiro 20

† In Memoriam †

José Sousa
† 1989 - In perpetuum †

In perpetuum " Para a Eternidade", porque não nunca vais morrer, viverás para sempre no coração daqueles que ficaram para trás, agora que partiste nessa nova viagem, porque enquanto esses corações baterem, enquanto esses olhos puderem chorar, enquanto pudermos sorrir, amar, sentir, estarás lá sempre ao nosso lado como sempre estives-te no bom e no mau, nos momentos de comédia e de lágrimas.
Amigo? Talvez para muitos mais do que isso, um irmão que enriqueceu a vida de muitos.
Entusiasta, alegre, desportista, fiel, sensível, solidário, optimista, e assim continua uma lista infinita de qualidades, que eram tuas, e de forma maravilhosa partilhas-te connosco.
Partis-te numa viagem, mas sei que nós observas de onde quer que estejas, sabemos também, que saberás sempre que jamais serás esquecido, onde quer que estejas lembra-te sempre, quando a amizade é verdadeira, a distancia e mesmo a própria morte, apenas trazem a saudade, nunca o esquecimento...
Até sempre Zé nunca te esqueceremos.

Requiescat in pace
Video de Homenagem : † http://www.youtube.com/watch?v=ieknrSkfO2k
Para sempre comigo, na eternidade : **Lost Poet **

sábado, fevereiro 14

† Odio Profundo †

Tive um dia um coração puro...
Sentimentos belos e de esperança...
Mas o destino, cruel, fútil e duro..
Partiu a minha alma de criança...
E agora grito de luto, perdido na dor...
Já sem forças, desisto do resistir...
Meu sangue é negro, amargo e incolor...
Como as lágrimas, que penosamente deixo cair...
E o Amor, no meu peito apodrece...
Semente de ódio, planta na alma...
Que com a dor floresce...
Vivo no ódio, raiva sem calma...
Ódio por te ter amado tanto,
Ódio por te ter dado o carinho,
Ódio por não me teres amado como te amei...
Ódio por pensar que seria para sempre...
Um amor que na verdade nunca foi meu...
Nada mais de alegria nem de tristeza,
Para mim só interessa agora o ódio...
Pois o ódio tem mais sabor...
Sonhos são para fracos que se perdem...
Num quarto escuro pensando em seus fracassos...
Amor? Para que amar? Se nunca vou receber...
Amar sozinho, vale a pena?Sofrer, chorar?
Perder-me na solidão, por amor?
Para o inferno, com todo esse sentimento e dor...
Irreal e sem sentido, apenas o amor?
Eu chorei e fui ao inferno... Renasci...
Fui purificado no fogo da perdição,
Já não tenho mais alma,
Sou um objecto da dor, um renegado!
Um anjo caído, Poeta perdido...

† 14 de Fevereiro apenas um Dia †


Que dia este! Não seria mais fácil se este fosse um dia como todos os outros, porque este teria que ter este significado especial, uns riem, comemoram, celebram a felicidade, mas este para mim torna-se sempre um dos dias mais triste do ano, nele revejo a minha solidão, aquele dor que me machuca, vejo uma vida sem ter ninguém, e sempre rodeado pelo mundo.
Será apenas o 20º dia dos Namorados, que passo sozinho, se o teu amor fosse recíproco tudo seria tão diferente, estaríamos perdidos algures sozinhos sobre a luz da Lua que gostas de chamar tua, sobre a luz ténue das estrelas que iluminava a nossa noite, perdidos observando a luz da cidade, maravilhosa Cidade D’Oppidana, estaríamos longe algures perdidos em pela montanha onde caminharíamos de mãos dadas inseparáveis.
Pedia-te que fechasse os olhos por momentos, ficaria então ajoelhado a teus pés, imóvel contemplado a tua beleza, nesse momento os meus lábios mexiam-se para exclamar uma poesia escrita para tal momento.
Selaríamos aquele momento com um beijo, sedento de paixão, desejo, afecto, amizade e repleto de amor.
A noite jamais terminaria por ali, haveriam sempre as rosas indispensáveis, um ramo enorme, talvez tentasse oferecer uma rosa por cada coisa que amasse em ti, mas não existem tantas rosas assim pelo mundo fora.
Faltava dar-te aquele desenho que guardo perdido, esperando um dia poder oferecer, aquele que ainda vive na louca esperança de que um dia ainda te vou ter.
Depois sozinhos, enamorados deixados levar pela luxúria, pelo amor e desejo, faltava acender as velas, beber o champanhe e depois eu levemente iria tomar o seu sabor nos teus lábios, talvez fizesse um jantar romântico, seguido de morangos e chocolate.
Cada um saboreado pelos nossos lábios que se tocavam em conjunto, nunca faltaria a Serenata, com letra que escrevi a pensar em ti.
Aquela que tanto penso em dedicar ou não, aquela que simboliza se algum dia vou desistir da inútil esperança que ainda vive em mim.
Aquela esperança cega, que nós imagina juntos e inseparáveis.
E a cada segundo da noite, jamais deixaria de te lembrar o quanto te amo, o quanto te adoro, sempre e durante todo esse dia com pequenas surpresas, que te lembrassem sempre do meu amor e te fizessem sorrir, aquele sorriso que tanto adoro, aquele que me fez apaixonar por ti…
Mas tudo isto é uma fantasia, tu não me amas, estamos distantes como nunca estivemos, as nossas almas que um dia se tentaram complementar ainda que na amizade, separam-se agora cada vez mais, a cada segundo que passa, nunca fomos apenas um, nunca toquei os teus lábios, nunca te tive perdida nos meus braços, nunca ouvi os teus lábios dizer, a palavra que tanto procuro ouvir e também nunca te disse nos olhos o quanto te adoro.
E assim como sempre estou sozinho com as minhas palavras, fantasias e lágrimas…
Mas um dia que passa, como tantos outros, talvez mais triste porque nunca vivi este dia, no sentido que todos lhe atribuem…

“Apenas dia dos Namorados, Dia também dos solitários, de todos aqueles que se perdem olhando um fotografia, e imaginando o que tudo poderia ser, se a vida simplesmente nós desse uma oportunidade”


Hoje, não deixo um sorriso, nem um beijo, deixo simplesmente, uma entre as muitas lágrimas que teimo em chorar, triste mas sincera.
**Lost Poet**

sexta-feira, fevereiro 13

† Não Consigo †

Queria conseguir escrever,
Já não consigo, perdi a inspiração,
A vontade de desenhar, escrever e suspirar,
Perdi a vontade de gritar, de sorrir de amar?
Perdi a vontade de chorar, já nem dor consigo sentir?
Queria odiar-te, ser frio, cruel, vingar-me!
Não consigo, porque?
Perdia a vontade de sonhar,
A vontade de te beijar, perdi o desejo,
Morreu a fantasia, a paixão?!?
Simplesmente, perdido...
Sem nada conseguir sentir...
Estou morto, ou estarei vivo?
Simplesmente Poeta Perdido?
Já não consigo sentir, amar, odiar!
Nem mais consigo viver...
Sou o vazio, o suspiro da morte,
Que esta me tome em seus braços...
E me deixe sucumbir no seu leito,
Levando a alma e corpo para longe...
Porque, sou o vazio...
A própria sombria solidão...
Farto de tudo, enjoado de mim....

quarta-feira, fevereiro 4

† A menina do Sorriso †

"Sorriso"

Sorriso, ternura de criança...
No corpo recortado de mulher...
Labios rechedos de poesias e esperança...
Sorriso sensual, atração e poder?
Indelicado, pedir um beijo?
Cabelos, brilhantes e perfumados...
Sensualidade, paixão e desejo?
Sentimentos, num sorriso desenhados...
Sorriso branco e estridente,
Como a neve que caia la fora...
Guardo, agora e sempre,
Aquele momento! Sorriso de outrora...
Voz suave, melodidosa...
Beleza subtil delicada...
Personalidade divertida, carinhosa..
És assim, menina do sorriso fatal...
Sorriso aberto, nunca escondido...
Sorriso perfeito, espelho da alma..
Alma perfeita do poeta perdido...
Onde perco as forças e a calma...
Naquele momento, sem lugar...
Onde te olhava sem mesmo entender...
Que o tempo nunca ira parar...
E eu jamais te iria ter...
UM BEIJO **Lost Poet**

terça-feira, fevereiro 3

† Momentos de Prazer †

" Apenas sonhando, tudo aquilo que queria fazer, apenas escrevi sonhando tudo o prazer que desse momento, desse sonho tirei"

Junção de dois corpos sedentos,
Abarcados pela luxúria suprema,
Pelo desejo incansável,
Tentados por uma chama amena,
Dois corpos abraçados do nada,
Uma fogueira que arde no vazio,
Que ardem e flúi e tão cedo não se apaga…
Alimentando o prazer carnal desejado,
Por dois corpos que procuram a verdade,
A verdade do prazer de se ser amado,
A chama vai alimentando o prazer,
Do sangue fervendo, exalta-se o amor,
Dois corpos suados, sedentos, molhados…
Que se querem conhecer,
Que se querem amar, sonhar ir mais além…
Na busca incansável do prazer,
Duas almas que gritam solenemente,
Numa chama que não se apaga,
Que se torna cada vez mais ardente,
Mais intensa, mais escaldante…
Contorce-se o corpo do amante,
Num afago de prazer…
Cessa-se este eterno cenário,
Pelo grito, pelo gemido de dois corpos rendidos…
Duas almas que se amaram, e descobriram o Paraíso…

† Quero Fugir, e Nunca Voltar †

Pergunto-me constantemente porquê? O porque de te afastares de mim, o porque de tudo estar diferente, choro todos os dias, unicamente em pensar que perdi mais do que um amor, perdi simplesmente a tua amizade, já não confias em mim, não partilhas mais os teus segredos, medos e anseios, desejos escondidos, simplesmente tudo mudou. Não queria que isto tivesse acontecido, simplesmente não queria.
Sinceramente amo-te, mas em primeiro sempre fui teu amigo.
Acabou a simplicidade, a troca constante de olhares e sorrisos, mensagens, a infinitas horas de conversa sem cair no tédio, agora raramente me falas, e aos poucos vou me afastando também, porque amo-te e se essa foi a tua decisão então assim será.
Ficarei longe, se assim o quiseres, olhas-me agora com desprezo, e choro por isso, não sou mais para ti a pessoa que outrora viste, e adoras-te, não me dizes mais adoro-te, passas dias sem me dizer nada, o meu coração parte-se em pequenos pedaços. Não te digo nada porque tenho medo que te afastes ainda mais, que fujas para longe, sem nunca mais te poder ver, de olhar para ti, e poder acalmar um pouco desta dor que me consome.
Sim, sei que sou um triste, um idiota, que não tenho charme nem boa aparência, não tenho um corpo esculpido, sei que sou diferente, que sou um inexperiente, sei que nunca tive ninguém, que nunca toquei gentilmente os lábios de outrem trocando segredos selados num beijo. Sou uma pequena aberração, sei que sou um ser pessimista, negativo e emotivo, sei que choro, e que não tenho nada de atractivo, para uma mulher, sou um totó, mas ainda assim vivo e respiro sentimento.
Sentimentos que nutro por ti, e não posso esquecer, amo-te mais a cada dia que passa, apesar de com tudo, a vida te levar a estar mais e mais distante.
Sei que um dia acabaras por me odiar, é assim a minha vida, o meu amor, pergunto-me apenas o porque de todas as pessoas que amo, me odiarem?
Será que apenas sirvo para amigo? Para ouvir, aconselhar, partilhar lágrimas e sorrisos, e eu? Quem pensa em mim? Pois ninguém, então dane-se a vida, o amor, e tudo o resto, apenas quero desaparecer, farto de tudo.
Principalmente de mim, e da minha maneira de ser.